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Experiência assistida 01 (Psilocybe como medicina) - Gratidão e reflexão

Lyan

Esporo
Cadastrado
09/11/2023
5
2
25
Olá, meus caros.

Essa experiência vai para quem gosta de uma leitura mais extensa e detalhada (caso não queira contexto algum, pule para a parte da experiência). Pra contextualizar essa estória eu gostaria de informar que já tinha tido um contato e interesse nos cogumelos mágicos mais de um ano antes de ter minha primeira experiência, buscando estudar acerca dessa medicina, o tempo passou e com um lapso de interesse que voltou depois de despretensiosamente ter assistido ao documentário "Como mudar sua mente", uma vez que no momento eu estava voltado ao estudo da psicanálise de Jung e queria assistir algo sobre a mente, psicológico e seus derivados.

O interesse foi alimentado de tal maneira que procurei outros documentários, estudos e até mesmo o livro que inspirou o documentário "Como mudar sua mente". Eu fiquei fascinado pelas novas informações que havia me inteirado acerca da medicina que os cogumelos mágicos representam, ao ponto de querer espalhar essa mensagem, alcançar mais pessoas sem nem mesmo ter tido a minha primeira experiência: Eu sabia que aquilo podia e pode mudar o mundo, as pessoas e sua forma de pensar. Esse era o ponto, eu estava maravilhado e empolgado.

Para se ter ideia, eu já vinha de semanas com meu humor oscilando como uma montanha russa, mas por já ter um histórico (diagnosticado e "tratado" anos antes) de TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e depressão, eu sabia que o que eu estava sentido eram sintomas que derivavam desses problemas - que na minha ótica não são obliterados com o tratamento, mas sim entendidos e controlados - ou seja, eu estava deprimido por dias, muito introspectivo, as vezes me deitava na cama e ficava ali, apenas pensando em como tudo não tinha significado e valor. Quando estou nesses momentos, eu não me importo de estar em vida, facilmente eu poderia morrer e ir-me embora sem apego à nada.

Então quando voltei a estudar - com muito mais afinco - sobre os cogumelos mágicos e seus benefícios, senti que era o momento ideal para ter uma experiência, e como eu e minha digníssima somos muito "científicos" e céticos em sua maior parte, resolvemos fazer uma experiência assistida, onde eu consumiria a medicina e ela ficaria me observando e anotando tudo que fosse importante, pois o meu interesse é replicar isso para quem precisar de nossa ajuda futuramente. Para deixar claro antes de tudo, sempre fomos amantes da mente e sua complexidade, ela cursa psicologia e eu aspiro esse conhecimento através de livros, estudos (artigos) e documentários.

A EXPERIÊNCIA

Pois bem, decidi que compraria 2g de cogumelos desidratados e quando os recebi, inicialmente optei por dividir essa experiência e cada um cumprir o papel de ambas as partes, mas acabamos combinando de que eu tomaria a maior parte, então consumi entre 1.2~1.5g. Por todo estudo que eu estava tendo antes do interesse súbito pela medicina psicodélica, eu acreditava que toda essa deprimência tinha uma resposta que estava muito bem guardada em meu inconsciente, e por tudo que eu observava numa autocrítica eu já percebia tais sintomas desde minha tenra infância/pré-adolescência. Eu consumi os cogumelos no seco e tomei um suquinho de limão seguindo também as regras de um jejum, logo pela manhã de um sábado. Me sentei na cama, saquei meu álbum de fotografias e comecei a folheá-lo, e o motivo é que sempre que eu via meu álbum, com fotos que vão desde meu nascimento até minha pré-adolescência, eu sentia uma tristeza, um certo pesar, uma vontade de salvar aquele pequeno garoto da foto (Hoje tenho 25) das mazelas que o sucederiam no decorrer de sua vida. Eu sentia que assim eu poderia me conectar com o meu eu e deixar que a medicina me conduzisse para o melhor entendimento.

Mas eis o meu engano: Eu estava deitado há uns 40 minutos, sentia apenas uma leve ansiedade e certa aflição na região da barriga, o que é comum, eu não conseguia me concentrar, nem ficar introspectivo com a venda nos olhos, eu sabia que a dosagem não era suficiente pra me fazer dissociar, mas eu esperava ao menos uma certa quantidade de insights valiosos para que eu me sentisse melhor, o que eu buscava nessa experiência era autoconhecimento, além daquele que eu já alcançava conscientemente.

Quando já se passaram mais de 60 minutos eu comecei a rir do nada, e estava tudo bem, quando eu conscientizo demais uma coisa, eu as vezes acho engraçado (É como se eu pensasse, "porra o mundo/a vida/as pessoas são complexas demais, e os detalhes de toda essa complexidade é engraçado"), mas aí eu comecei a rir por quê eu estava... rindo, e isso era engraçado, e aí eu entrei numa espiral de rir copiosamente, sem motivo ou por quê eu estava rindo, e novamente isso era engraçado.

O meu ponto alto foi rir e ser grato, as remessas de gargalhadas vinham e terminavam com um "grunhido" de prazer, êxtase, emoção e gratidão, me deixando a ponto de chorar somente por quê eu não me sentia tão bem há muito, muito tempo. Mas, quando eu estava prestes a chorar, rolando na cama eu começava a rir de mim mesmo e aquele sentimento se repetia como um ciclo. Foi uma sensação de prazer muito gratificante com tão pouco, eu ainda tentei "conduzir a viagem", queria por quê queria cumprir o objetivo inicial: Meditar sob efeito da medicina, mas esse não era o objetivo dela para mim naquele momento e eu ainda não entendia, então me gerou uma frustração momentânea, que logo foi dissolvida ao entender o propósito após a viagem.

Fui fazer xixi algumas vezes e eu ficava viajando nos padrões da cerâmica do banheiro que dançavam na parede, assim como na parede do quarto. Tudo nesta viagem foi sensação e isso foi incrível, eu sequer conseguia "entrar na minha mente" eu não conseguia pensar em nada, tudo que eu conseguia era me manter presente, muito presente, não haviam preocupações sobre o futuro ou ruminação de pensamentos sobre o passado, tudo era o agora. Eu diria que foi uma das sensações mais libertadoras que já senti, foi como ter erradicado momentaneamente a minha ansiedade.

O aprendizado que tive era que a medicina me trouxe o que eu precisava e não o que eu acreditava ser necessário. Mesmo tendo sido relutante durante a maior parte da experiência, o que eu precisava era sentir. Eu vinha de semanas onde eu não sentia nada, eu via séries de humor que normalmente me faziam rir e sempre rolava uma risada amarela, meia boca, e tudo parecia vazio nesses dias. Ou seja, tudo que eu precisava era uma boa gargalhada, eu tive várias, simplesmente não parava, foi a epifania do riso.

Essa viagem aconteceu em Setembro, se não me engano. Foi minha primeira e única e me influenciou a iniciar o meu cultivo, a ter ainda mais experiências e principalmente, alavancou minha vontade de ajudar as pessoas e, por quê não, trabalhar com isso algum dia.

EXPERIÊNCIA BÔNUS

Minha digníssima vendo que eu não precisava de sua "ajuda" resolveu consumir o restante dos cogumelos quando eu estava no pico de minha experiência. Foram cerca de 0.8~0.5g, uma quantidade que não esperávamos nada de perceptível, mas houve um resultado muito interessante.

As primeiras sensações notadas, foram que ela não ria mais da minha risada sem motivos. Ela ficou mais séria, sempre quando eu gargalhava para ela, ela ficava com uma expressão de desconforto até que ela disse que aquilo a estava incomodando, enquanto eu estava descendo deste pico e terminando minha viagem, ela decidiu ir para a sala e ficar escutando o novo álbum da Manu Gravassi (eu acho). Ela sentiu moleza no corpo assim como eu senti, e os sons externos a incomodavam de uma maneira que até o miado da nossa gata manhosa (talvez um dos sons que ela mais adore) foi um incômodo para ela.

Depois de um tempo onde ela estava no sofá, apática, sem querer conversar, só assistindo e ouvindo o clipe em seu notebook e fones, ela decidiu ir para a cama comigo, afirmando que os efeitos tinham passado (engano o dela, pois eu percebia que ela ainda estava muito diferente) Então eu liguei algumas músicas e ficamos deitados na cama sem conversar, no escuro, foi então que começou a tocar "Let it happen" do Tame impala, e assim ela deixou ser levada, começou a chorar e pediu para que eu lhe trouxesse um caderno e caneta, e foi aí que eu senti que dali vinha o insight valioso da experiência, e não estava errado.

Mesmo com tão pouco (Quase metade do que eu havia consumido) ela teve um rico insght, pegou o caderno e caneta e começou a escrever ininterruptamente, de forma que nunca havia visto ninguém fazer, ela escreveu quase três páginas sem sequer parar para pensar ou avaliar, apenas colocou tudo que lhe foi exposto de forma tão clara em sua mente, e depois conversamos quando ela finalmente terminou.

Ela me contou que quando os efeitos bateram e ela foi ao banheiro e se olhou no espelho, se achou feia, e assistindo ao clipe da artista de beleza plástica, sentiu que a artista era muito mais bonita que ela, de uma forma que aquilo parecia significativo demais, então ela chorou quando finalmente conseguiu deixar a ideia fluir e tudo que veio em sua cabeça quando ela se dispôs a escrever era o "Por quê você se acha feia". O resultado foi uma valiosa experiência que substituiu facilmente várias terapias (foi assim que ela descreveu) ela colocou em palavras tudo, exatamente tudo que a fazia pensar e julgar da forma como estava fazendo, entendendo como sua mente funcionava, isso tudo com base em questões pessoais afloradas por um dos meios mais traumático a qualquer mente humana: a família.

Foram reflexões valiosíssimas, de ambas as partes, que nos rendeu uma conversa muito rica para se fazer entender o peso e o significado de nossas viagens. Um aprendizado extremamente gratificante.

Assim que eu tiver novas experiências (e ela também) vou escrever aqui para vocês no fórum, que aliás nunca vi uma comunidade tão foda sendo ativa num local como esse.

Agradeço o espaço e até a próxima!
 
Olá, meus caros.

Essa experiência vai para quem gosta de uma leitura mais extensa e detalhada (caso não queira contexto algum, pule para a parte da experiência). Pra contextualizar essa estória eu gostaria de informar que já tinha tido um contato e interesse nos cogumelos mágicos mais de um ano antes de ter minha primeira experiência, buscando estudar acerca dessa medicina, o tempo passou e com um lapso de interesse que voltou depois de despretensiosamente ter assistido ao documentário "Como mudar sua mente", uma vez que no momento eu estava voltado ao estudo da psicanálise de Jung e queria assistir algo sobre a mente, psicológico e seus derivados.

O interesse foi alimentado de tal maneira que procurei outros documentários, estudos e até mesmo o livro que inspirou o documentário "Como mudar sua mente". Eu fiquei fascinado pelas novas informações que havia me inteirado acerca da medicina que os cogumelos mágicos representam, ao ponto de querer espalhar essa mensagem, alcançar mais pessoas sem nem mesmo ter tido a minha primeira experiência: Eu sabia que aquilo podia e pode mudar o mundo, as pessoas e sua forma de pensar. Esse era o ponto, eu estava maravilhado e empolgado.

Para se ter ideia, eu já vinha de semanas com meu humor oscilando como uma montanha russa, mas por já ter um histórico (diagnosticado e "tratado" anos antes) de TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e depressão, eu sabia que o que eu estava sentido eram sintomas que derivavam desses problemas - que na minha ótica não são obliterados com o tratamento, mas sim entendidos e controlados - ou seja, eu estava deprimido por dias, muito introspectivo, as vezes me deitava na cama e ficava ali, apenas pensando em como tudo não tinha significado e valor. Quando estou nesses momentos, eu não me importo de estar em vida, facilmente eu poderia morrer e ir-me embora sem apego à nada.

Então quando voltei a estudar - com muito mais afinco - sobre os cogumelos mágicos e seus benefícios, senti que era o momento ideal para ter uma experiência, e como eu e minha digníssima somos muito "científicos" e céticos em sua maior parte, resolvemos fazer uma experiência assistida, onde eu consumiria a medicina e ela ficaria me observando e anotando tudo que fosse importante, pois o meu interesse é replicar isso para quem precisar de nossa ajuda futuramente. Para deixar claro antes de tudo, sempre fomos amantes da mente e sua complexidade, ela cursa psicologia e eu aspiro esse conhecimento através de livros, estudos (artigos) e documentários.

A EXPERIÊNCIA

Pois bem, decidi que compraria 2g de cogumelos desidratados e quando os recebi, inicialmente optei por dividir essa experiência e cada um cumprir o papel de ambas as partes, mas acabamos combinando de que eu tomaria a maior parte, então consumi entre 1.2~1.5g. Por todo estudo que eu estava tendo antes do interesse súbito pela medicina psicodélica, eu acreditava que toda essa deprimência tinha uma resposta que estava muito bem guardada em meu inconsciente, e por tudo que eu observava numa autocrítica eu já percebia tais sintomas desde minha tenra infância/pré-adolescência. Eu consumi os cogumelos no seco e tomei um suquinho de limão seguindo também as regras de um jejum, logo pela manhã de um sábado. Me sentei na cama, saquei meu álbum de fotografias e comecei a folheá-lo, e o motivo é que sempre que eu via meu álbum, com fotos que vão desde meu nascimento até minha pré-adolescência, eu sentia uma tristeza, um certo pesar, uma vontade de salvar aquele pequeno garoto da foto (Hoje tenho 25) das mazelas que o sucederiam no decorrer de sua vida. Eu sentia que assim eu poderia me conectar com o meu eu e deixar que a medicina me conduzisse para o melhor entendimento.

Mas eis o meu engano: Eu estava deitado há uns 40 minutos, sentia apenas uma leve ansiedade e certa aflição na região da barriga, o que é comum, eu não conseguia me concentrar, nem ficar introspectivo com a venda nos olhos, eu sabia que a dosagem não era suficiente pra me fazer dissociar, mas eu esperava ao menos uma certa quantidade de insights valiosos para que eu me sentisse melhor, o que eu buscava nessa experiência era autoconhecimento, além daquele que eu já alcançava conscientemente.

Quando já se passaram mais de 60 minutos eu comecei a rir do nada, e estava tudo bem, quando eu conscientizo demais uma coisa, eu as vezes acho engraçado (É como se eu pensasse, "porra o mundo/a vida/as pessoas são complexas demais, e os detalhes de toda essa complexidade é engraçado"), mas aí eu comecei a rir por quê eu estava... rindo, e isso era engraçado, e aí eu entrei numa espiral de rir copiosamente, sem motivo ou por quê eu estava rindo, e novamente isso era engraçado.

O meu ponto alto foi rir e ser grato, as remessas de gargalhadas vinham e terminavam com um "grunhido" de prazer, êxtase, emoção e gratidão, me deixando a ponto de chorar somente por quê eu não me sentia tão bem há muito, muito tempo. Mas, quando eu estava prestes a chorar, rolando na cama eu começava a rir de mim mesmo e aquele sentimento se repetia como um ciclo. Foi uma sensação de prazer muito gratificante com tão pouco, eu ainda tentei "conduzir a viagem", queria por quê queria cumprir o objetivo inicial: Meditar sob efeito da medicina, mas esse não era o objetivo dela para mim naquele momento e eu ainda não entendia, então me gerou uma frustração momentânea, que logo foi dissolvida ao entender o propósito após a viagem.

Fui fazer xixi algumas vezes e eu ficava viajando nos padrões da cerâmica do banheiro que dançavam na parede, assim como na parede do quarto. Tudo nesta viagem foi sensação e isso foi incrível, eu sequer conseguia "entrar na minha mente" eu não conseguia pensar em nada, tudo que eu conseguia era me manter presente, muito presente, não haviam preocupações sobre o futuro ou ruminação de pensamentos sobre o passado, tudo era o agora. Eu diria que foi uma das sensações mais libertadoras que já senti, foi como ter erradicado momentaneamente a minha ansiedade.

O aprendizado que tive era que a medicina me trouxe o que eu precisava e não o que eu acreditava ser necessário. Mesmo tendo sido relutante durante a maior parte da experiência, o que eu precisava era sentir. Eu vinha de semanas onde eu não sentia nada, eu via séries de humor que normalmente me faziam rir e sempre rolava uma risada amarela, meia boca, e tudo parecia vazio nesses dias. Ou seja, tudo que eu precisava era uma boa gargalhada, eu tive várias, simplesmente não parava, foi a epifania do riso.

Essa viagem aconteceu em Setembro, se não me engano. Foi minha primeira e única e me influenciou a iniciar o meu cultivo, a ter ainda mais experiências e principalmente, alavancou minha vontade de ajudar as pessoas e, por quê não, trabalhar com isso algum dia.

EXPERIÊNCIA BÔNUS

Minha digníssima vendo que eu não precisava de sua "ajuda" resolveu consumir o restante dos cogumelos quando eu estava no pico de minha experiência. Foram cerca de 0.8~0.5g, uma quantidade que não esperávamos nada de perceptível, mas houve um resultado muito interessante.

As primeiras sensações notadas, foram que ela não ria mais da minha risada sem motivos. Ela ficou mais séria, sempre quando eu gargalhava para ela, ela ficava com uma expressão de desconforto até que ela disse que aquilo a estava incomodando, enquanto eu estava descendo deste pico e terminando minha viagem, ela decidiu ir para a sala e ficar escutando o novo álbum da Manu Gravassi (eu acho). Ela sentiu moleza no corpo assim como eu senti, e os sons externos a incomodavam de uma maneira que até o miado da nossa gata manhosa (talvez um dos sons que ela mais adore) foi um incômodo para ela.

Depois de um tempo onde ela estava no sofá, apática, sem querer conversar, só assistindo e ouvindo o clipe em seu notebook e fones, ela decidiu ir para a cama comigo, afirmando que os efeitos tinham passado (engano o dela, pois eu percebia que ela ainda estava muito diferente) Então eu liguei algumas músicas e ficamos deitados na cama sem conversar, no escuro, foi então que começou a tocar "Let it happen" do Tame impala, e assim ela deixou ser levada, começou a chorar e pediu para que eu lhe trouxesse um caderno e caneta, e foi aí que eu senti que dali vinha o insight valioso da experiência, e não estava errado.

Mesmo com tão pouco (Quase metade do que eu havia consumido) ela teve um rico insght, pegou o caderno e caneta e começou a escrever ininterruptamente, de forma que nunca havia visto ninguém fazer, ela escreveu quase três páginas sem sequer parar para pensar ou avaliar, apenas colocou tudo que lhe foi exposto de forma tão clara em sua mente, e depois conversamos quando ela finalmente terminou.

Ela me contou que quando os efeitos bateram e ela foi ao banheiro e se olhou no espelho, se achou feia, e assistindo ao clipe da artista de beleza plástica, sentiu que a artista era muito mais bonita que ela, de uma forma que aquilo parecia significativo demais, então ela chorou quando finalmente conseguiu deixar a ideia fluir e tudo que veio em sua cabeça quando ela se dispôs a escrever era o "Por quê você se acha feia". O resultado foi uma valiosa experiência que substituiu facilmente várias terapias (foi assim que ela descreveu) ela colocou em palavras tudo, exatamente tudo que a fazia pensar e julgar da forma como estava fazendo, entendendo como sua mente funcionava, isso tudo com base em questões pessoais afloradas por um dos meios mais traumático a qualquer mente humana: a família.

Foram reflexões valiosíssimas, de ambas as partes, que nos rendeu uma conversa muito rica para se fazer entender o peso e o significado de nossas viagens. Um aprendizado extremamente gratificante.

Assim que eu tiver novas experiências (e ela também) vou escrever aqui para vocês no fórum, que aliás nunca vi uma comunidade tão foda sendo ativa num local como esse.

Agradeço o espaço e até a próxima!
Eu acho o máximo essas experiências com uma dose tão baixa, mas vejo que a sua preparação mental foi fundamental para alcançar esses insights, inclusive a sua postura de "se deixar levar".
Muito legal! não deixe de contar as próximas experiencias por aqui.
 
Eu acho o máximo essas experiências com uma dose tão baixa, mas vejo que a sua preparação mental foi fundamental para alcançar esses insights, inclusive a sua postura de "se deixar levar".
Muito legal! não deixe de contar as próximas experiencias por aqui.
Preparo e intenção são essenciais. Valeu a atenção @kooboo
 
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